segunda-feira, 27 de março de 2023

Reflexões de uma tarde de segunda

 Hoje eu estou mais reflexiva. Sobre a vida, sobre escolhas (nossas e dos outros), sobre a força de ser mulher, sobre a vontade constante de vencer, sobre se auto sabotar, sobre propósito e tantas coisas mais que permeiam os pensamentos femininos diariamente.

Como eu já disse, sou uma pessoa que gosta muito de ler e recentemente li três livros que mexeram muito comigo pois falam de passados recentes e futuros possíveis. São eles Os bebês de Auschwitz das escritora Wendy Holden e os livros O conto da aia (que inspirou a serie The handmaid's tale) e Os testamentos (continuação do livro O conto da aia) da escritora Margaret Atwood.

O livro Os bebês de Auschwitz conta a história da vida de três judias sobreviventes do holocausto. Explanando a vida de antes, durante e depois da guerra e como elas passaram por tudo isso e ainda gestaram e pariram seus primeiros e únicos filhos. É uma história dolorida que me fez olhar para o passado. Enxergar lá atrás a força dessas mulheres, força essa que eu nem sei de onde elas conseguiram tirar para sobreviver e possibilitar que seus filhos sobrevivessem ao horror do holocausto.

Os outros dois livros, me fizeram olhar para um futuro absurdo, mas totalmente possível. Claro, é um livro de ficção, mas quando eu olho para a politica mundial e toda a sua polarização eu me questiono se o que a escritora descreveu como um futuro diatópico não poderia acontecer realmente. 

Ambos os livros, trazem cenários tão surreais mas com uma coisa em comum. O quanto a humanidade poder ser cruel com as mulheres, mas também o quanto nós podemos ser fortes quando se há união entre nós, a tal da sororidade.

E é aqui o ponto que eu gostaria de chegar. A nossa forma feminina é tão grande individualmente, imagine somada, imagine se a gente se empatizasse mais com as outras mulheres e nos ajudássemos mais como uma grande rede de apoio de nós para nós mesmas o tanto de coisa incrivelmente boa a gente não faria.

Será que julgar a coleguinha, olhando o que ela faz pelo seu ponto de vista, sua história e suas vivências de fato vai ajudar em alguma coisa? Eu te digo que não. 

O machismo está tão intrínseco na gente que nós mesmos acabamos de certa forma tendo atitudes machistas com outras mulheres. O julgamento é tão pesado que é difícil não se sentir carregando um mundo inteiro de olhares nas costas. A gente acaba se auto sabotando para se encaixar em um padrão que não existe e nem deveria existir.

Fica aqui então uma reflexão e um pedido. "Vista o sapato da amiga/vizinha", entenda que o caminho que ela viveu até aqui não é e nunca será o mesmo que o seu, e mesmo que seja parecido não é exatamente igual. A vida é melhor quando a gente esta juntas do que quando a gente aponta dedo uma para a outras. União, sororidade, amor e amizade. Vamos juntas!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Orgulhar-se do seu caminho

Hoje é 28/03/2023, e na data de hoje eu reflito sobre escolhas e caminhos. Ao longo dos meus 33 anos de vida (sim, já passei dos trinta e es...