quarta-feira, 29 de março de 2023

Orgulhar-se do seu caminho

Hoje é 28/03/2023, e na data de hoje eu reflito sobre escolhas e caminhos.
Ao longo dos meus 33 anos de vida (sim, já passei dos trinta e estou muito bem obrigada rsrsrsrs) eu sempre quis fazer de tudo. Nunca tive muita certeza do que eu queria ser quando crescer e continuo ainda não tendo essa certeza. 

Sofri bulling na adolescência nos anos 2000 (mas quem não sofreu né?) e por conta disso sempre quis me enquadrar em um padrão de vida, de corpo, de comportamento que não condizia comigo. Levei anos para entender o tempo que eu perdi com isso. 

Fui uma adolescente rebelde (desculpa mãe!), mas confesso que essa rebeldia em conjunto com todas as conversas e liberdades que a criação dos meus pais me proporcionou foram essenciais para a construção da mulher que eu sou hoje.

Tenho refletido muito e entrei em um processo de autoconhecimento lento e dolorido, mas ao mesmo tempo muito gratificante. Quando a gente fala de autoconhecimento, logo vem na cabeça a tal mudança, mas não necessariamente é isso.

Sabe, eu precisei perdoar meus erros do passado (que ainda estou tentando perdoar muitos deles) e entender que foram graças a eles que hoje eu cheguei onde cheguei. Além disso, precisei entender certos constructos da sociedade para visualizar o quanto eu fui boba, iludida e até mesmo desleal comigo e com outras pessoas, para que eu pudesse entender o que eu não quero ser/fazer daqui pra frente.

Olhar para trás sem se julgar eu acho que é a tarefa mais difícil do processo de autoconhecimento, porque você precisa ter muito claro em sua mente que lá atrás você não tinha o conhecimento e as vivências que você tem hoje, bem como a sociedade na qual você estava inserida era outra, com outra visão de "certo e errado".

Hoje, eu olho com carinho para a menina rebelde e "descabeçada" que eu fui, e para todos os erros e acertos que eu cometi, pois foram eles que construíram a mulher que eu sou hoje e também são eles que me ajudam todos os dias e entender quais são os caminhos que eu estou colocando nas minhas estratégias de vida para o amanhã.

Orgulhe-se do seu caminho, mesmo que ele tenha sido difícil e doloroso, ou que ele tenha tido poucos percalços. Lembre-se das coisas maravilhosas que viveu e o quanto isso te encheu de alegria e te deu um gás para continuar batalhando por mais vivências incríveis, mas não deixe de se orgulhar de verdade pelos erros, as dificuldades, as tristezas e entender que mais do que as alegrias são elas que construíram a sua força, caráter e desejo de vencer.

Orgulhe-se de verdade do seu caminho e de você. Se ame, se perdoe, se complete.

Um abraço e um beijo com todo amor pra você que me leu até aqui!

terça-feira, 28 de março de 2023

Sobre amizades

 Olá, tudo bem? Que bom ter você por aqui de novo!

Hoje eu quero falar sobre amizades. Sabe aquelas amizades gostosas que te fazem rir, chorar, que te dão a mão e que pode passar 84 anos sem se falar que mesmo assim parece que se viu ontem? Pois bem, eu não tenho muitas dessas. Na verdade eu acho que da pra contar nos dedos as minhas amizades, incluindo as novas.

Apesar de muito falante, eu sou uma pessoa que gosta de estar mais reservada, que recarrega a bateria social sozinha, lendo um livro, assistindo uma serie ou mesmo tirando uma sonequinha. E por causa disso acabo sendo sendo uma pessoa mais sozinha, com poucos amigos.

Mas a pouco tempo, li que a interação social em especial entre as mulheres é extremamente necessária para o bem da nossa saúde mental, então pensei comigo "Ok! Tenho que me esforçar um pouco mais para ser mais sociável" e não é que isso deu muito bom!

Fiz amizades com algumas manas aqui do meu condomínio. Claro que a amizade começou por conta dos nossos filhos. Nós começamos nos apoiando em quem iria ficar de olho nas crianças, mas aos poucos fomos criando uma rede de apoio tão linda. 

Claro que tudo é muito recente ainda, não posso afirmar que seremos de fato grandes amigas. Mas o relacionamento tem me feito tão bem que isso já me basta. 

Muitas vezes eu me senti realmente sozinha, e não por vontade própria, mas porque a vida adulta (principalmente quando a gente vira mãe) cobra um tempo tão vasto do nosso dia a dia que as vezes a gente não se dá conta de que estamos sozinhos, ou quando se dá, não vê alternativas para espantar a solidão. Lembrando que solidão é diferente de solitude. 

Ter uma rede de apoio próxima de você é tão surreal de bom! Todas deveríamos ter com quem contar assim do ladinho de casa.

Então fica ai a reflexão, eu uma pessoa introvertida e reservada virei uma chavinha (na verdade estou vidando) na minha mente e disse "Sim, você vai lá sim" e fui, e fiz amigas, e não me senti mais sozinha. Então arrisque mais o sim, não tenha medo do sim, use e abuse do sim. O não você já tem. E é melhor se arrepender de um sim ruim do que de um não incerto.

Vista-se de você mesma e sim, vá ser feliz!

segunda-feira, 27 de março de 2023

Reflexões de uma tarde de segunda

 Hoje eu estou mais reflexiva. Sobre a vida, sobre escolhas (nossas e dos outros), sobre a força de ser mulher, sobre a vontade constante de vencer, sobre se auto sabotar, sobre propósito e tantas coisas mais que permeiam os pensamentos femininos diariamente.

Como eu já disse, sou uma pessoa que gosta muito de ler e recentemente li três livros que mexeram muito comigo pois falam de passados recentes e futuros possíveis. São eles Os bebês de Auschwitz das escritora Wendy Holden e os livros O conto da aia (que inspirou a serie The handmaid's tale) e Os testamentos (continuação do livro O conto da aia) da escritora Margaret Atwood.

O livro Os bebês de Auschwitz conta a história da vida de três judias sobreviventes do holocausto. Explanando a vida de antes, durante e depois da guerra e como elas passaram por tudo isso e ainda gestaram e pariram seus primeiros e únicos filhos. É uma história dolorida que me fez olhar para o passado. Enxergar lá atrás a força dessas mulheres, força essa que eu nem sei de onde elas conseguiram tirar para sobreviver e possibilitar que seus filhos sobrevivessem ao horror do holocausto.

Os outros dois livros, me fizeram olhar para um futuro absurdo, mas totalmente possível. Claro, é um livro de ficção, mas quando eu olho para a politica mundial e toda a sua polarização eu me questiono se o que a escritora descreveu como um futuro diatópico não poderia acontecer realmente. 

Ambos os livros, trazem cenários tão surreais mas com uma coisa em comum. O quanto a humanidade poder ser cruel com as mulheres, mas também o quanto nós podemos ser fortes quando se há união entre nós, a tal da sororidade.

E é aqui o ponto que eu gostaria de chegar. A nossa forma feminina é tão grande individualmente, imagine somada, imagine se a gente se empatizasse mais com as outras mulheres e nos ajudássemos mais como uma grande rede de apoio de nós para nós mesmas o tanto de coisa incrivelmente boa a gente não faria.

Será que julgar a coleguinha, olhando o que ela faz pelo seu ponto de vista, sua história e suas vivências de fato vai ajudar em alguma coisa? Eu te digo que não. 

O machismo está tão intrínseco na gente que nós mesmos acabamos de certa forma tendo atitudes machistas com outras mulheres. O julgamento é tão pesado que é difícil não se sentir carregando um mundo inteiro de olhares nas costas. A gente acaba se auto sabotando para se encaixar em um padrão que não existe e nem deveria existir.

Fica aqui então uma reflexão e um pedido. "Vista o sapato da amiga/vizinha", entenda que o caminho que ela viveu até aqui não é e nunca será o mesmo que o seu, e mesmo que seja parecido não é exatamente igual. A vida é melhor quando a gente esta juntas do que quando a gente aponta dedo uma para a outras. União, sororidade, amor e amizade. Vamos juntas!

terça-feira, 21 de março de 2023

Olá, bem vida. Sente-se se quiser e tome um café!

 Olá, tudo bem?

Fico feliz que você tenha chagado até aqui. Me chamo Maria Caroline e tenho 33 anos, sou mãe de um menino lindo de 8 anos chamado Davi.

Sempre me considerei uma pessoa questionadora e que não aceita as injustiças da sociedade. Não posso dizer que sou uma sabichona (apenas de gostar de pensar que eu sou rsrsrs), mas procuro sempre entender o porquê aquele assunto ou discussão me gera algum incomodo.

Amo ler, mas descobri essa paixão apenas quando cheguei na faculdade e tomei uma bronca de um professor (com razão) pela minha escrita ruim. Depois dessa bronca, eu fui me achando na leitura e hoje posso dizer com orgulho que sou uma leitora assídua.

Apesar que gostar particularmente de livros de ficção, eu leio de tudo e tudo que eu leio (inclusive os livros de ficção) sempre me despertam uma reflexão sobre o tema da leitura e como ele poderia, ou de fato já se enquadram na sociedade atual.

E por causa desses pensares e reflexões, que eu resolvi escrever aqui.

A ideia do "blog" é contar sobre as reflexões da vida, dos livros, mas matérias de jornal que mexem comigo e que eu acho que são interessantes para a sociedade no meu próprio ponto de vista. É algo mais pessoal, uma forma que eu achei de tirar da cachola e por em "papel" os meus próprios pensamentos.

As vezes é muito duro ficar com eles só na minha cabeça e por isso resolvi escrever aqui.

A ideia aqui é falar sobre diversos temas, mas principalmente falar sobre mulheres. Mulheres incríveis das histórias (reais e ficcionais). Atitudes de mulheres desafiadoras. Como mulheres se adaptaram no passado, se adaptam hoje em dia e se adaptarão no futuro. E como nós mulheres podemos nos ajudar a partir do momento que a gente deixa de julgar e apontar o dedo para a outra e passar a se apoiar.

Você está convidade a ficar e ler meus pensamentos e ideias se assim tiver vontade. Só peço que não me julgue pelas minhas ideias, podemos ter ideias divergentes e ainda assim gerar um bom dialogo, assim como já te peço perdão adiantado caso você deseje uma frequência maior de conteúdo, isso porque eles serão postados homogeneamente conforme forem saindo da minha cabecinha, o que pode ou não ser frequente.

Um abraço com carinho para você que veio até aqui! E sim, vamos falar de mulheres!

Orgulhar-se do seu caminho

Hoje é 28/03/2023, e na data de hoje eu reflito sobre escolhas e caminhos. Ao longo dos meus 33 anos de vida (sim, já passei dos trinta e es...